sexta-feira, 21 de outubro de 2011

ESCOLA ATIVA DO CAMPO


Em 2009 foi realizada a adesão da Secretaria Municipal de Educação com o programa Escola Ativa do Campo, a EMEF Coronel Ribeiro da Luz atende 07 escolas rurais vinculadas, 06 dessas escolas a EMEF(R) Bairro do Baú, EMEF(R) Bairro do Cantagalo, EMEF(R) Bairro do Pinheiro, EMEF(R) Bairro do Quilombo, EMEF(R) Bairro do Torto, EMEF(R) Bairro dos Serranos, por trabalharem com salas multisseriadas (1º, 2º, 3º, 4º e 5º anos com um mesmo professor) participam do Programa Escola Ativa que busca melhorar a qualidade do desempenho escolar das escolas do campo, ou seja, escolas rurais. Entre as principais estratégias estão: favorecer o trabalho pedagógico, a interação com a comunidade, aproveitar a cultura e a atividade econômica de cada bairro e estimular a construção do conhecimento do aluno e capacitar professores.                                                                                                              
            Em 2010, as escolas multisseriadas do município receberam recursos do FNDE através do PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola) destinados a manutenção e reforma das escolas e, aquisição de materiais que foram definidos por meio de um plano de ação elaborado pela escola e comunidade.
            A EMEF(R ) Bairro do Paiol Grande também recebeu uma reforma com recursos da Secretaria de Educação e Prefeitura Municipal, por ter maior número de alunos não tem sala multisseriada, portanto, não participa do Programa Escola Ativa.

Escola do Bairro dos Pinheiros

Escola do Bairro do Quilombo

Escola do Bairro do Quilombo


Escola do Bairro do Serrano

Escola do Bairro do Torto

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Alunos do Coronel participarão das palestras do "Clube Bem-te-ví"

       Os alunos das escolas da sede e rurais da EMEF Cel Ribeiro da Luz  participarão das atividades do Programa "Clube Bem-te-vi", nos dias 25, 26 e 27 de outubro.

       O Clube Bem-te-vi, criado em 1990, é um programa educativo de trânsito, coordenado e desenvolvido pela Divisão de Educação de Trânsito do DETRAN/SP, que tem a finalidade pedagógica de "Educar para o Trânsito", as crianças que se encontram matriculadas nos estabelecimentos de ensino, localizados no interior do Estado de São Paulo, em atendimento às solicitações das Prefeituras Municipais.
       O Projeto é desenvolvido dentro das salas de aulas, por meio de palestras e emprego de recursos audiovisuais, com o devido acompanhamento dos professores/educadores.
       Os alunos participam ativamente das palestras, apresentando suas dúvidas e curiosidades.
       É importante ressaltar que a presença física dos Policiais Militares monitores, nos estabelecimentos de ensino, devidamente caracterizados com seus uniformes peculiares de policiamento, faz com que os alunos assimilem e retenham com maior propriedade e seriedade os ensinamentos transmitidos.
       No desenvolvimento da atividade educativa, os policiais Militares monitores, transmitem às crianças os seus conhecimentos técnicos e experiências profissionais, utilizando-se de palestras, com o emprego de recursos audiovisuais e linguagem acessível às respectivas faixas etárias, e de brincadeiras dirigidas para fixar o tema abordado, envolvendo dessa forma os alunos e os monitores.

Informações:
Fone/Fax: (11) 3627-7074
Email: AGNALDOCM@POLICIAMILITAR.SP.GOV.BR
Endereço: Rua õão Bricola, 32 - 6º andar
Centro - São Paulo - SP - Cep. 01014-010

FAMEF participa de Encontro Interestadual de Fanfarras e Bandas em Maria da Fé



Os alunos da FAMEF  participaram do 9º encontro interestadual de Fanfarras e Bandas na cidade de Maria da Fé no dia 16 de outubro.







segunda-feira, 17 de outubro de 2011

EMEF Cel. Ribeiro da Luz: Amanhã tem...

EMEF Cel. Ribeiro da Luz: Amanhã tem...: Fiquem de olho! Amanhã teremos apresentação da peça teatral "Os Saltimbancos"no pátio da escola, às 10 horas e 30 minutos e às 13:00 horas. ...

Amanhã tem...

Fiquem de olho! Amanhã teremos apresentação da peça teatral "Os Saltimbancos"no pátio da escola, às 10 horas e 30 minutos e às 13:00 horas. Vai ser muito legal.
A peça será apresentada por um grupo de alunos da escola Eulália, de Paraisópolis.

sábado, 15 de outubro de 2011

PARABÉNS PROFESSORES!

As bolas de papel na cabeça,
Os inúmeros diários para se corrigir,
As críticas, as noites mal dormidas...
Tudo isso não foi o suficiente
Para te fazer desistir do teu maior sonho
Tornar possíveis os sonhos do mundo.
Que bom que esta tua vocação
Tem despertado a vocação de muitos.
Parece injusto desejar-te um feliz dia dos professores,
Quando em seu dia-a-dia
Tantas dificuldades acontecem.
A rotina é dura, mas você ainda persiste.
Teu mundo é alegre,
pois você consegue olhar os olhos de todos os outros
E fazê-los felizes também.
Você é feliz, pois na tua matemática de vida,
Dividir é sempre a melhor solução.
Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo lapida
O teu coração a cada dia,
Dando-te tanto prazer em ensinar.
Homenagens, frases poéticas,
Certamente farão parte do seu dia a dia,
E quero de forma especial, relembrar
A pessoa maravilhosa que você é
E a importância daquilo do seu ofício.
É por isto que você merece esta homenagem
Hoje e sempre, por aquilo que você é
E por aquilo que você faz.
Felicidades!!!
 
                                              Tacy (prof. de Educação Infantil)

sábado, 8 de outubro de 2011

Veja aqui o cardápio da merenda escolar do Mês de Outubro


Segunda- feira 03/10/11
Terça- feira 04/10/11
Quarta- feira 05/10/11
Quinta- feira 06/10/11
Sexta- 07/10/11
Leite c/ achocolatado e biscoito água e sal
Polenta com carne moída, suco

Leite c/ amido e açúcar caramelizado.
Arroz, feijão, cuscuz de peixe, salada alface, rúcula e tomate, gelatina
Vitamina leite c/ abacate
Macarronada c/ervilha, carne desfiada, salada beterraba e couve-flor, banana
Vitamina leite c/ banana
Arroz, feijão, mandioca c/ carne, couve refogada, suco
Canjica
Sopa macarrão c/ legumes, lentilha e frango, atemóia
Segunda- feira 10/10/11
Terça- feira 11/10/11
Quarta- feira 12/10/11
Quinta- feira 13/10/11
Sexta- feira 14/10/11
Leite c/ amido e açúcar caramelizado
Pão c/ molho e carne moída, suco

Leite c/ Achocolatado
Bolo, pipoca, suco



FERIADO


Leite c/ Achocolatado, biscoito água e sal
Cachorro quente, suco, picolé
Segunda- feira 17/10/11
Terça- feira 18/10/11
Quarta- feira 19/10/11
Quinta- feira 20/10/11
Sexta- feira 21/10/11
Leite c/ achocolatado e biscoito água e sal
Sopa de macarrão c/ seleta e carne moída, suco

Leite c/ amido de milho e açúcar caramelizado
Arroz, feijão, kibe assado salada verde e beterraba cozida, banana
Leite c /banana,
Polenta c/ carne desfiada, salada verde e tomate, suco


Leite c /achocolatado
Macarronada c/ brócolis e frango desfiado, salada de couve flor e tomate, gelatina

Canjica c/ amendoim torrado
Quirera c/ frango, lentilha e legumes, atemóia.

Segunda- feira 24/10/11
Terça- feira 25/10/11
Quarta- feira 26/10/11
Quinta 27/10/11
Sexta- feira 28/10/11
Leite c /achocolatado biscoito água e sal
Arroz, feijão, farofa c/ ovos, cenoura e tomate, suco


Canjica
Macarronada c/molho e salsicha, salada de alface, rúcula e tomate, suco.
Leite c/abacate e rosquinha de coco
Arroz, feijão, peixe ensopado c/ legumes, salada alface e vagem banana
Vitamina de Leite
 c / banana
Risoto c/ frango, couve refogada, suco
Leite c /achocolatado e rosquinha de coco
Sopa de macarrão c/carne desfiada e legumes.
Segunda- feira 31/10/11

Leite c/ achocolatado, biscoito água e sal
Quirera c/frango e seleta, suco

domingo, 2 de outubro de 2011

Como surgiu o Dia da Criança



O Dia das Crianças no Brasil foi "inventado" por um político. O deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de criar um dia em homenagem às crianças na década de 1920.
Na década de 1920, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a idéia de
"criar" o dia das crianças. Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi
oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.

Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada. A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes!
Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. No ano seguinte, os fabricantes de brinquedos decidiram escolher um único dia para a promoção e fizeram ressurgir o antigo decreto.
A partir daí, o dia 12 de outubro se tornou uma data importante para o setor de brinquedos.


Em outros países
Alguns países comemoram o dia das Crianças em datas diferentes do Brasil. Na
Índia, por exemplo, a data é comemorada em 15 de novembro. Em Portugal e
Moçambique, a comemoração acontece no dia 1º de junho. Em 5 de maio, é a vez
das crianças da China e do Japão comemorarem!

Dia Universal da Criança
Muitos países comemoram o dia das Crianças em 20 de novembro, já que a ONU (Organização das Nações Unidas) reconhece esse dia como o dia Universal das Crianças, pois nessa data também é comemorada a aprovação da Declaração dos Direitos das Crianças. Entre outras coisas, esta Declaração estabelece que toda criança deve ter proteção e cuidados especiais antes e depois do nascimento.

Fonte: site Shopping b - www.shoppingb.com.br

Mensagem


Para um amor florescer[1]

Lino de Macedo
2010

            Nos jardins da vida, a planta Amor é da qual mais se fala; talvez por isto mesmo, é a mais difícil de cultivar. É que frequentemente a confundimos com outras plantas e com as ervas daninhas que, toda razão, grassam ao ser redor. Não é assim, por exemplo, com as rosas, que sobressaem aos espinhos que as protegem de nossos toques grosseiros e clamam por nosso olhar de apreciação e encanto, difundindo sua presença aos que estão perto ou longe, com seu cheiro característico e atraente? O que é necessário para um amor florescer? Que distorções podem ocorrer ao longo de sua construção?

Cuidar
           
            Uma das condições para o amor florescer é poder se expressar como cuidado. Cuidar é o mesmo que cogitar, imaginar, pensar. Por extensão, significa tratar de, dar a atenção a; quer dizer também ter cuidado com a saúde, curar. Daí que o amante é  cuidadoso com os objetos de seu amor. Qual jardineiro dedicado, ele alimenta seu jardim com tudo o que necessita, o protege dos muitos ataques a que está sujeito, defende, afasta, o que pode prejudicar, aproxima, valoriza o que pode beneficiar. Não são assim muitas mães e pais em relação aos seus filhos? Em seus sonhos, zelam para que possam se orientar, trilhar o caminho que vislumbram para eles. Em suas práticas ou cuidados estão atentos ao que necessitam, ao que lhes faz bem. É que amor, vida e  conhecimento são pura fragilidade, pois sobrevivem da qualidade sutil e complexa das relações que entretecem com todas as outras coisas no jardim de suas existências. O amor, por exemplo, há sempre de se haver com a raiva, o ódio, a impaciência, a desatenção. A vida, com as coisas que a prejudica, que a abrevia ou adoece. O conhecimento, com a ignorância, o medo ao desconhecido, a ausência, a preguiça, a indiferença.
            O amor como cuidado, às vezes pode nos enganar. Quem cuida, cuida, ou quer ser cuidado naquilo que sonhava ou queria? O que faz uma mãe decepcionada porque o filho que nasceu, não tem o gênero sexual que desejava? Se é irritável e não a deixa descansar ou trabalhar em seus outros trabalhos? Como amar os filhos que fazem o que não gostaríamos que fizessem, que são diferentes, têm doenças ou síndromes difíceis de serem tratadas? Por que cuidar de quem nos perturba, prejudica nossos interesses ou intenções, não nos deixa dormir? Cuidamos deles por amor ou obrigação? Pelas exigências da lei, do dinheiro que isto nos traz, ou pelo respeito e carinho por suas vidas, sabendo-as frágeis e nem sempre favoráveis ao que gostaríamos que fossem? E se eles ficam doentes, morrem, fracassam na escola, na vida: cuidamos, culpando? Cuidamos, com vergonha? Cuidamos, com desesperança? Como perdoar ou compreender um filho que morreu, que se afastou tão cedo de nós, que nos impediu de continuar cuidando dele?

Importar-se por

            Nos jardins da vida, do amor e do conhecimento o segundo passo no caminho de seu cultivo amoroso é o importar-se por alguém ou alguma coisa. Quem se importa, observa; quem observa, age. É que observar significa proteger e guardar. E proteger e guardar são ações de cuidado, que revelam importância. Segundo Whitaker Salles (2002), “a idéia mais forte de proteção, no inconsciente coletivo, é justamente a dos pais a observar os filhos” (p. 167). Conservar (“manter o que deve ser protegido”), preservar (“prevenir”) e observar (“prestar atenção”, “vigiar”) são ações de cuidado que expressam amor, interesse, valia.
            Importar, segundo Viaro (2003, p. 180) quer dizer “carregar para dentro”, “fazer vir de outro lugar”. Daí que o importante “deve ser trazido para dentro”. Dizer que algo é importante significa, pois assumir que ele tem valor para nós, que vale nosso sacrifício, como é próprio às coisas sagradas. E o amor é algo sagrado, nos ensinam as religiões, os filósofos, os cientistas. Querer ter um filho biológico leva uma mulher a gestá-lo dentro de si. Querer ter um filho psicológico leva uma mãe a trazê-lo para dentro, pois seu amor significa observar, cuidar, importar por ele, ele que é agora um outrem de si mesma.
            O amor significando importar-se por, também apresenta suas distorções. E estas talvez sejam mais difíceis de observar ou suportar do que as trapaças do cuidado. Nos importamos ou queremos ser importantes? Um pai, professor ou mãe se julgam importantes para seus filhos ou alunos ou se importam por eles? As rosas do jardim são uma homenagem ao jardineiro? São elas que roubam o perfume de nossos cuidados e valores, ou nós que estamos a serviço dele, através delas, que o possuem? Em quem prestamos atenção: aos que se importam ou ao que é importante? O que vale mais: quem traz ou carrega para dentro, ou o que é trazido ou transportado para dentro de nós e, por isto, se tornou uma parte de nós? Quem se julga importante se autoriza a cobrar, controlar, reclamar, possuir, descartar. Quem se importa, ama, traz para dentro, transforma-se em razão do outro. Queremos, suportamos isto?

Compartilhar

            O terceiro passo nos caminhos do amor é o saber e querer compartilhar. Compartilhar vem de partir, “dividir em partes”, “proceder”, “ir embora”. Se aprender a cuidar e se importar por (alguém ou alguma coisa) são difíceis, o que dirá saber compartilhar? A mãe compartilha com o pai o mesmo filho. Este sendo um todo, deixa-se, por amor, se dividir por eles. Sente-se dos dois, quer os dois, se possível para sempre. E quando os filhos vão embora de casa, vão para a escola, vão para a vida, na mãe este “vão” está feliz porque pensa que compartilhar faz bem para eles, é seu direito e necessidade. Ela intui que ao partilhar, não perde, pois ganha na volta o perfume das rosas que seu filho encontrou nos outros jardins. Ela intui que mãe (família), professora (escola) e cidade ou comunidade são parceiros de um objetivo comum: cuidar e se importar pelo que vale a pena. O amor, neste nível, partilha, deixa ir embora, porque não teme perder o que ficou, nem se prejudicar pelo que será trazido de volta, pelo que vai influenciar. Ela intui que a complexidade da educação supõe muitas pessoas e coisas ao serviço, cheio de cuidados e importância, do que é frágil, transitório, apesar de valioso. Não são assim a vida, o amor e o conhecimento? Como compartilhar com eles, os seus contrários - morte, ódio e ignorância - sabendo-os parte de um mesmo todo?
            Os descaminhos do compartilhar são mais fáceis de acontecer que os do se importar e cuidar. Quantas vezes, aliás, invocamos o cuidar e o se importar como “razões” para não compartilhar? Quantas vezes não compartilhamos ou compartilhamos pouco, por medo de perder, por causa dos ciúmes, da inveja, da raiva, do ressentimento, da chantagem, da vingança?  Quantas vezes, uma mãe compete com a professora, temendo que o filho de casa valha menos do que o mesmo aluno na escola? Ela suporta saber que “eles” - aluno e filho - são partes da mesma criança e que esta criança não é da mãe, nem  da professora, não é propriedade delas, apesar dos cuidados e da importância que lhe atribuem? Quantas vezes deixamos de colaborar, de ajuntar forças, por que não sabemos dividir, não sabemos deixar partir, inseguros de que sua volta possa não acontecer, esquecidos de quem talvez retornem melhores do que eram? O que dizer dos amantes e seus sentimentos de exclusividade e posse? O que dizer dos colegas e sua indisponibilidade ou desinteresse pelo que lhes é comum? O fato é que nossa forma de compartilhar, muitas vezes, assume a forma de competir, ignorantes de que competir, não é comparar e perder, mas é “lançar-se (muitos) na mesma direção” (p. 180).

Cooperar

            Chegamos ao último estágio ou passo no caminho do amor. É o mais difícil, o mais valioso. Cooperar é fazer coisas junto em torno ou em nome de algo maior. Na cooperação compartilhamos em favor de algo além de nós. Não é isso que fazem os pais em seu projeto de criar e educar seus filhos? Não é isso que faz uma comunidade científica ou grupo de pesquisadores em seus compromissos de conhecer ou produzir algo que seja benéfico para todos, que possa ser justificado socialmente, que possa valer eticamente? Cooperar supõe autonomia, respeito mútuo, reciprocidade, responsabilidade, liberdade, trabalho em grupo. O que justifica a cooperação é o amor que atribuímos não ao outro ou a nós mesmos, mas àquilo que juntos estamos fazendo. É nele que nos perdemos e é através dele que nos reencontramos, quem sabe melhor, quem sabe mais conscientes de seu valor. O princípio da cooperação é o amor (ao conhecimento, à vida, ao que vale a pena ser realizado), mas o trabalho conjunto, a disciplina ética, a paciência, o esforço, a concentração são os procedimentos que tornam possível realizar ou compreender aquilo que diz amar.
            Cooperar pode se revestir de muitos embustes. Não é assim, também, com o  amor? Em nome dele, quantas coisas já fizemos, quantas coisas já nos fizeram? Pais dizem amar seus filhos, mas se recusam a cooperar em favor deles, porque o projeto  “continuar casados” fracassou. Por que cooperar se nos sentimentos enganados, traídos? Como cooperar se mal e mal conseguimos cuidar de nós mesmos? Se não aceitamos perder, se não queremos arriscar? Quantas vezes em nome da cooperação, justificamos a rigidez, a submissão, a renúncia ao que é diferente? Quantas vezes, em nome da “diferença” ou da “liberdade” justificamos o não se entregar ou dedicar ao que, através de nós, está além de nós?
           
            No jardim da vida e do conhecimento, o amor não morre. As pessoas, que amam, morrem. Mas, se, de fato amaram, terão distribuído ao longo de sua vida seu legado amoroso, que se expressou como sementes plantadas nas pessoas e coisas que fizeram de sua vida. Daí que a morte dos que amamos não destrói nosso amor por eles, pois agora faz parte de nossa saudade, é parâmetro de nossas vidas, pois fomos deles beneficiário.
           
            O amor é silencioso. Ele se manifesta como cuidado, dar importância, compartilhar e cooperar, ou seja, como atividade que cria vínculos, tece relações, realiza projetos. O amor não é apenas um observável, algo sobre o qual se fala, mas uma forma de coordenação, uma qualidade de criar nexos entre nós e os outros, nós e todas as coisas. Quem busca o amor pode não encontrá-lo, ou o encontrando, nem reconhecê-lo. Por ser uma prática, ele já está em nós,  esperando por nós. Mas, só o descobrimos através dos outros, do que fazemos para eles ou em seu nome. Não é assim também com as rosas? O perfume é delas ou de todas as coisas interdependentes que o tornaram possível? O perfume é delas ou do jardineiro que as cultivou, também para nós?

Notas bibliográficas
           
1.  Sem qualquer compromisso de fidelidade ao conteúdo, devo a “inspiração” deste texto ao que Stanley Kelerman escreveu em “Amor e vínculos: Uma visão somático-emocional”, especialmente no capítulo, “Os estágios do amor” (São Paulo: Summus, 1994).
2.  Vali-me, também, das idéias de Jean Piaget, especialmente em seu livro “Sobre a Pedagogia” (São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998), quando ele analisa o valor da autonomia, da cooperação, do trabalho em grupo e do self-government em nossos processos de desenvolvimento.
3.  Os que me conhecem sabem o quanto sou grato aos dicionaristas, pelo que me ajudam a pensar sobre a história e a sabedoria das palavras. Na escrita deste texto recorri aos seguintes dicionários:
a.  Cunha, A. G. Dicionário etimológico da Língua Portuguesa. São Paulo: Nova Fronteira, 1982
b.  Silva, D. De onde vêm as palavras: Origens e curiosidades da Língua Portuguesa. São Paulo: A Girafa Editora, 2004.
c.   Viaro, M. E. Por trás das palavras: Manual de etimologia do Português.São Paulo: Globo, 2004.
d.  Whitaker Salles, M. F. Dentro do dentro: Os nomes das coisas. São Paulo: Mercuryo, 2002.


[1] Para meu filho, Pedro, com quem tenho aprendido sobre o morrer; e, para minhas filhas, Valéria e Gabriela, que têm me mostrado o valor do continuar vivendo.

Nossa escola saiu na frente - Música já faz parte de nossa grade curricular


Nossa escola saiu na frente - Música já faz parte de nossa grade curricular e terá professor com formação específica para ministrar esta aula a partir de 2012



Música será conteúdo obrigatório na Educação Básica

A partir de 2012, todas as escolas serão obrigadas a incluir o ensino de Música em seus currículos. Até lá, a discussão fica centrada na formação dos professores e nos conteúdos que deverão ser trabalhados


Muito além de formar músicos profissionais ou especialistas na área, a Educação Musical auxilia no desenvolvimento cultural e psicomotor, estimula o contato com diferentes linguagens, contribui para a sociabilidade e democratiza o acesso à arte. Por isso, a partir de 2012, a Música será conteúdo obrigatório em toda Educação Básica. É o que determina a Lei nº 11.769, de 18 de agosto de 2008.

Embora ainda não se saiba se os conteúdos serão trabalhados em uma disciplina específica ou nas aulas de Artes, com professores polivalentes, as escolas devem adaptar seus currículos até o início do ano letivo de 2012. Tocar, ouvir, criar e entender sobre a História da Música são pontos fundamentais de ensino. Para a professora do Departamento de Música da Universidade de São Paulo, Teca Alencar de Brito, contudo, os currículos não devem ser engessados. "Não se pode ensinar Música a partir de uma visão utilitarista. Estamos falando de arte. É preciso explorar as sensibilidades", afirma a especialista, criadora da Teca Oficina de Música.

Outro ponto nebuloso da nova legislação diz respeito a não obrigatoriedade da graduação em Música para ministrar as aulas. O artigo da lei que previa a formação específica na área foi vetado pelo Ministério da Educação sob alegação de que, no Brasil, existem diversos profissionais atuantes na área sem formação acadêmica. A discussão, agora, está a cargo da Fundação Nacional de Artes (Funarte) que, a partir de um protocolo de parceria firmado entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação, está organizando encontros regionais com acadêmicos, especialistas, Secretarias de Educação e Associações de Estudos Musicais para realizar uma espécie de mapeamento do ensino de Música nos estados brasileiros.

Do primeiro encontro, realizado no Rio de Janeiro, formaram-se dois grupos de trabalho. Um que deve propor nortes para as questões curriculares e outro, formado por representantes das universidades, responsável por articular propostas de ampliação das licenciaturas em Música e demais cursos de formação continuada na área, inclusive, os ministrados a distância. Os objetivos são elaborar uma nova proposta de regulamentação da Lei nº 11.769, assim como um manual aplicativo destas determinações, que auxiliem os gestores escolares e educadores da área de Música.

Apesar das indefinições, desde 2002, os cursos de graduação em Música superaram em número os cursos de graduação em Artes Visuais. Atualmente, são cerca de 70 cursos de licenciatura em Música em todo o país. Para Teca Alencar, o processo de adaptação das escolas e de formação dos educadores será lento, mas o primeiro passo, o da mobilização para que as escolas se organizem, já foi dado. "A discussão sobre o ensino de Música já é um avanço. Os cursos de graduação, especialização e formação continuada estão crescendo. Há profissionais preocupados em desenvolver materiais didáticos para ensinar Música. Isso é muito importante", diz.

Consultoria
Teca Alencar de Brito, professora do Departamento de Música da USP, criadora da Teca Oficina de Música e autora de livros como Quantas Músicas têm a Música? ou Algo Estranho no Museu (Editora Peirópolis)
Maya Suemi Lemos, Coordenação de Estudos e Qualificação do Departamento de Música da Funarte
Confira abaixo a discussão s